UNIVERSO

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quarta-feira, 8 de março de 2017

A ARTE DA CARTOMANCIA



A ARTE DA CARTOMANCIA


           ...Som de violino corta a noite. Ele acorda os espíritos ciganos que vêm da Rússia, onde moram em castelos de pedra, ou da Espanha, onde dormem nas praças de touros. Pandeiros, palmas, cânticos de ciúme e amor deste anoitecer no acampamento, algo de sonho e de mágico. Saias vermelhas, xales negros, pulseiras douradas nas mulheres, brilham mais que a Lua, a deusa de todos os ciganos. E, enquanto aumentam os cantos e os feiticeiros se esquentam junto da grande fogueira, vamos nós, mais uma vez, tocar na poderosa e terna magia das tribos, para aprender, pela voz da mãe-dos-feitiços, segredos jamais revelados. Canta violino, bate com o pé descalço no chão, povo cigano, que é sua a noite, e suas são todas as estradas. E, entre moedas de ouro e talismãs de prata, ao cair das cartas do Tarô, ao tilintar dos pêndulos, mostremos a sua força. Os donos da Magia Vermelha sempre foram aos ciganos; segundo as lendas, este povo nasceu na Índia. Foi no começo do mundo. Eles trabalhavam com o ouro, o bronze, a prata e adoravamadeusadofogo,protetorade todos os que moldam o metal. Mas, num dia de revolta popular, eles foram expulsos de suas terras. E então, aos pés da divina mãe-da-tribo Fizeram o juramento de andar por todos os lugares, sem pátria, já que deixaram a sua, como malditos. Contam as cantigas gitanas que a tribo andou por todo o Oriente, colheu lótus na China, tocou nos papiros do Egito, deixou-se envolver pela atração da Esfinge de Gisé, dançou nos castelos de Espanha, nas feiras portuguesas, bebeu o vinho bom da liberdade por todo o canto. Hoje estão aqui, nas terras verde-amarelas, e andam pelas estradas de casas de sapê, ouvem rezas de lavadeiras, espiam nossa vida cabocla, leem nossa mão. São eles os ciganos da Tribo Lua Nova, uma das mais antigas, uma das mais quentes de amor. A sorte por meio de cartas e a quebra do azar pela moeda Alaor segura a tocha com a mão esquerda e dança. Seus passos leves passam por entre cartas espalhadas no chão. Ungido com óleos e perfumes do ritual, ele parece mais um ser de outro mundo do que um homem. Calça preta de veludo, camisa rubra de cetim, Alaor mostra a mais séria tradição: a leitura do destino pelas cartas. Bebemos licores, rimos, comemos frutos afrodisíacos e sentimos como que um calor penetrar em nosso corpo, tocar em nossa alma. O cigano é que cuida dos filtros de amor e da preparação das moedas para tirar o azar, se chega a mim e, com um sorriso e fala mansa, revela:
- “overdadeirotrabalhogitanoéoTarô.Ele tem mais de vinte séculos. Veio do Egito, mas nossa tribo em viagens aprendeu seu segredo. Podemos revelar, para que os espíritos de nossos antepassados venham até vocês. Os que trabalham com cartas, sempre, mas sempre mesmo, têm influência de um bom espírito gitano. Nós somos os reis do jogo. Veja, Maria Helena, o Tarô tem 22 cartas. Estas cartas têm nomes e significados, como você sabe. Para mim os significados são: carta um - O Mago - simboliza a vitória. A carta dois, cujo nome é A Grande Sacerdotisa, simboliza sabedoria e fecundidade. A de número três chama-se A Imperatriz e é a carta da iniciativa. A quarta é O Imperador e simboliza a realização. A quinta é O Hierofante e é a carta da misericórdia. A sexta chama-se Os Amantes e é de Pombagira e fala de amor erótico. A sétima chama-se A Carruagem e é de Ogum, mas revela triunfo. A oitava carta se chama A Justiça e fala de equilíbrio. A nona é O Eremita e diz que devemos ter prudência. Agora olha a carta número dez, ela fala de dinheiro e se chama A Roda da Fortuna. A de número onze é a carta de força. A doze se chama O Enforcado e indica que a pessoa vai perder muito dinheiro. A treze é a carta da morte e a de número quatorze é a do tempo. A carta quinze é a do Diabo e a dezesseis é a Torre Fulminada, a seguinte se chama A Estrela e é carta boa, diz de melhorias, a Lua é a carta de erro e a dezenove é a lâmina da felicidade. A vinte fala do juízo final. A Lâmina número vinte e um se chama O Mundo e revela como está a vida material do cliente e a zero tem o nome de O Bobo e revela que a cliente não crê no mundo espiritual, é fraca de personalidade. Veja, irmã, como são belas estas cartas mágicas, arcanos maiores do Tarô”, fala a velha cigana que duranteanosvemcuidando da vida espiritual da tribo. E para que servem estas moedas? Indago. E pego algumas. “Com estas moedas faço patuás para tirar o azar. Coloca-se amoeda preparada em um saquinho vermelho, acende-se uma vela para o povo cigano e se fecha o patuá. É para usar na carteira. Use e verá a fortuna chegar.” Pego as moedas. Passo-as pelo fogo. Tilintam em minhas mãos. Pego o baralho poderoso Perfumado de Óleos, defumado com erva-santa, elevai para o ESPAÇO BARALHO CIGANO KUMPAÑIA BUECHA DICHA, onde são guardados todos os poderes da raça cigana. Alaor dança. As moças requebram. Cai o fogo do desejo. Dança também a noite, esta senhora de todos os desejos, de todas as coisas impossíveis... O destino por meio de dados. Sacudir bem o dado, pedir a ajuda da tribo cigana (invocando a verdade) é a primeira coisa a fazer para jogar dados. A segunda, vamos ouvir pela sabedoria de Ronaldo, feiticeiro - kaku - desta gente: “Segundas e quartas-feiras são dias nefastos para essa sorte. Nos outros podemos jogar. Invocamos Santa Sara. E vemos o número que caiu no dado. Se for um, revela que o consulente está em perigo. Dois, caminhos fechados; três, má sorte; quatro, dinheiro gordo; cinco, felicidade; seis, maldição. Mas, se o seis cair três vezes, é força espiritual, proteção da magia gitana”, sua voz grossa ordena. Ele é um rei por aqui e está acostumado a mandar e não pedir. O dado cai na toalha. Joga dado cigano, joga moeda e vê a sorte que vai dar, olha pra Lua, que ela é mais sua do que nossa, pois se dá a quem mais a ama... O pêndulo cigano. Ele descobre seu amor perdido. Uma rosa vermelha na mesa. O lampião clareia o pêndulo cigano. Ele é pesado, colorido em vários tons. Para termos o amor de volta, segundo a crença gitana, devemos segurar na mão esquerda o nome da pessoa que amamos e na outra o pêndulo. E mentalizamos a volta de nosso amor ou a chegada de um novo e bom amante.”
O pêndulo gira, se ilumina. Cantam os bichos noturnos, o violino geme, ouvem-se rezas e palmas. O pêndulo gira livre do plano físico, liberto da razão, apenas na vibração da sensibilidade da mão que o segura. Assim ficará você, leitor, ao dar margem aos seus impulsos, arrebentar as correntes e ser mais um místico, nas águas do mistério, do além do real, da imaginação, pois como diz a gente cigana “toda a felicidade terrestre baseia-se numa transação.




As Origens

A arte da cartomancia, ou a leitura da sorte através das cartas é antiquíssima, vem dos tempos em que a religião e a ciência se confundiam nas civilizações do Oriente. O seu instrumento clássico é o Tarô, um livro das revelações que se compõe de 78 lâminas soltas, sendo cada uma delas uma caprichosa obra de arte. Os modernos jogos de cartas, mais simples e sem caráter simbólico/divinatório, se originaram desse milenar instrumento mágico.
O baralho de Tarô foi o meio mais eficaz que os antigos encontraram para perpetuar, através da motivação psicológica do jogo da vida, a sua filosofia imbuída de crenças mágicas. Isso porque, segundo Papus, um sacerdote católico que estabeleceu a chave completa do Tarô, os sacerdotes sabiam muito bem que o vício é mais poderoso que a virtude. E, assim, a sabedoria cabalística se perpetuou pelas gerações a fora através do jogo. Desde o século V antes de Cristo o Tarô existe e é talvez o mais antigo sistema divinatório de que se tem notícia.
Responde, como todos os demais instrumentos de magia, à compulsão de autoconhecimento, que leva as pessoas aos divãs dos psicanalistas, dos magos, quando não aos dois lugares. A média de atendimento é de 10 clientes por dia. Em cada grupo de 100 pessoas há um adivinho, garantem os pesquisadores de assuntos ocultistas. Garante Cora, laManuche. Os cartomantes, homens e mulheres, se concentram nas cidades, em particular nas metrópoles. É onde há mais gente perturbada pela insegurança, amedrontada pela solidão, ansiosa de apoio psíquico. Outros carentes, e ainda os curiosos.



O Tarô

Um baralho de tarô completo geralmente possui 78 lâminas secretas. Cada uma delas tem um significado, um arcano, uma força de magia antiga. Deitar as cartas não chega a ser, contudo, uma técnica difícil. Com paciência é possível dominar as principais combinações e entender a linguagem cabalística do baralho. As cartas não mentem - dizem os iniciados - porque entre elas, o consulente e o cartomante se estabelecem um poderoso campo magnético. Ainda que o consulente pretenda blefar, as suas energias profundas e a energia que emana das cartasfavorecem um diálogo cabalístico que vai determinar a posição das lâminas durante o jogo completo. O baralho moderno nasceu dos chamados arcanos menores. Cada naipe compreende 14 cartas: o senhor, a senhora, o soldado, o escravo e números de 1 a 10. Os arcanos menores indicam acontecimentos domésticos; os maiores anunciam grandes eventos sociais. Há cartomantes que trabalham apenas com as 56 cartas dos arcanos menores. Eles falam de desejos, de injustiças, de ingratidão, de negócios, de sofrimentos, de estados de saúde, de alegrias, de amor, de casamentos, de divórcios, de aflições, de gozos, de dinheiro, de traição, de rivalidades, de empreendimentos, de morte, de vingança, de viagens, de chegadas, de partidas, de desgraças, fortunas, maldição e doença -enfim de tudo o que afeta o ser humano. O cartomante não é um feiticeiro. A cartomancia é a interpretação da linguagem das cartas; elas é que se dispõem segundo o oráculo, uma terceira entidade, uma forma de energia que emana das lâminas. A explicação talvez seja apelativa mas, no entanto, é necessário um ritual antes de deitar as cartas. Um comportamento semelhante ao que se teria diante do oráculo da ilha de Delfos.

“Os jogos são mapas mais ou menos fixos que a gente guarda na memória.” O Tarô é um livro considerado mágico que guarda os conhecimentos dos sábios e dos alquimistas dos tempos antigos. “Esses conhecimentos não são estáticos, relíquias de épocas passadas. A virtude do Tarô é a versatilidade dos símbolos, próprios a qualquer época”, diz Gonzales Frias. Difícil é precisar a origem do Tarô. Os livros sobre o assunto dizem como funciona, as sugestões que pode oferecer e as diversas maneiras de jogá-lo. Ele chegou, através da tradição oral, até a Idade Média, época de cultos herméticos, em que a religião e a ciência se confundiam repetindo modelos da antiguidade. De repente, apareceram as peças muito bem feitas, pintadas a mão, iluminadas. Eram obras sem assinatura: os autores guardavam o anonimato para evitar o risco das fogueiras da Inquisição que ameaçavam a todos quantos lidavam com ciências e com magia. E os artistas taróticos estavam identificados exatamente com os dois temas.

Oprimeiro Tarô de que se tem notícia apareceu na Alemanha, no século XII. Depois foi a vez da Itália, e rapidamente eles se divulgaram pela Europa inteira, a ponto de muita gente defender a tese de que nasceram na Europa Central. Mas, segundo as lendas, o Tarô veio do Egito, do século V antes de Cristo, e foi criado por Thot, o mensageiro dos deuses. Ele criou as lâminas em ouro e colocou-as nos templos do Egito, em Menfis, Sais, Tebas etc...Quanto às cartas menores, foram criadas na EuropanoséculoXouXII.Há quem diga no entanto que o Tarô é chinês.Outros, que é boêmio.Certos estudiosos que buscam sua origem entre os egípcios atribuem a invenção ao deus Toth(O Mago do tarô), criador do sistema hieroglífico. Toth é o deus da sabedoria. O povo da Grécia tem seus defensores como país do Tarô: há quem atribua a Hermes (Mercúrio) a invenção do livro de 78 folhas soltas, que existe para perpetuar a Cabala. GerardeRijubruk, estudioso flamengo, acha que o jogo se introduziu na Europa no século XIII ao XV, sob o nome de naybhinduístico ou hindustânico, argumento que reforça a tese defendida por muita gente, de que o Tarô começou na Índia.

As hipóteses são muitas, o que deixa claro que o Tarô não é exclusivo de nenhum povo, mas aparece no folclore de quase todos. Uma simbologia que cabe a todas as religiões. Também é certoque estão presentes no simbolismo tarótico elementos de todas as religiões, desde as crenças egípcias ao cristianismo primitivo. Atualmente no Brasil, muitas cartomantes evocam os santos, orixás de macumbas e candomblés, antes de jogar as cartas. Esses santos corresponderiam ao oráculo a que se refere o candomblé brasileiro. Há quem chame de Ifá ou Odu aos arcanos maiores. A própria palavra Tarô tem origem desconhecida. O professor Maurice Buisson, doutor em Letras e pesquisador de ocultismo e assuntos orientais, formadopelaUniversidade de Marselha, registra num dos seus livros o aparecimento na Europa, no século XV, do termo Tarocco, de etimologia incerta. A aproximação de Tarô com rota, thora e oral (ora, reza) não assenta, segundo ele, em dados seguros. Mas os ocultistas levam em conta essa aproximação e veem a palavra Tarô como um anagrama de Thora, o Livro hebraico das Leis. Mas, se dividirmos a palavra em Ta e Rô, poderemos entender que PTHÁ, de onde se originou TÁ, era um deus, o da adivinhação entre os egípcios, e RÁ era o deus do Sol da mesma civilização. Assim poderemos concluir que Tarô é a junção do nome destes dois deuses egípcios. Para os ciganos, sem dúvida, o Tarô tem origem egípcia e suas lâminas vieram às suas mãos nas caminhadas da estrada da vida.









Influências cabalísticas, numerológicas e astrológicas no tarô

O sete

Sete vidas, pois, me foram concedidas, como aos gatos.
E com tantos setes no caminho, procurei para eles, como todo humano necessita, um significado. Não que faça necessariamente sentido. A vida não precisa fazer sentido. Nós é que não sabemos viver muito bem sem ele.

Então encontrei em livros as informações, se não verdadeiras, no mínimo curiosas:

- No tarot, o Sete é o arcano do Carro, Carroça ou ainda Triunfo, a dizer:

Nas quatro colunas que sustentam o dossel, os quatro elementos: terra, ar, água e fogo. Os cavalos puxando o carro para direções diferentes, evocam o dual no homem, obrigando-o a tomar com firmeza as rédeas e controlá-los.

A coroa de ouro representa a luz na mente, o equilíbrio pela inteligência e sabedoria.

O carro retrata a submissão dos elementos da natureza e da matéria ao talento e a inteligência do homem.

E ainda:

"Relacionado em princípio com Zain (sétima letra do alfabeto hebreu, que corresponde ao nosso Z), denuncia uma mobilidade e inquietude que tem a ver com todo deslocamento ou ação ziguezagueante, veloz. Seu aspecto oracular é associado às mudanças provocadas pela palavra: elogios, calúnias, difusão da obra, boas ou más notícias".

Soma do 3 e 4 (céu e terra)

O número 7 representa Atmãm, o dono da carruagem, o carro de Ezequiel, a Mercavah Celeste, o Ken dos Taoistas, a Montanha, o rosto humano feito a "imagem e semelhança de Deus". Sê o número 7 for representado por um X, temos então o nome cabalístico de Zain, que na realização deste número, representará o homem que uniu o Mundo Divino com o Mundo Humano. Daí a montanha ser o palco da realização espiritual de vários seres que vieram à terra cumprir esta missão, que como eremitas, Manus, Avataras, caminhantes, peregrinos, mostraram possuir a luz do conhecimento e da sabedoria das idades: "Senhores de si mesmo e de seu próprio destino".

Sete é o número perfeito, que na representação geométrica pode ser simbolizado por um triângulo sob o quadrado (espírito anima a matéria), pelas casinhas que as crianças fazem em seus primeiros desenhos, das construções de pirâmedes, etc. Platão dizia: No sétimo dia foi criada a "alma do mundo": (Adam Kadmon).


Conclusão: o desafio do Sete de nascimento seria tomar as rédeas do destino em suas mãos. Como o de todos os nascidos sob as emanações de todos os outros arcanos.
Nada, nada de novo.

(Citações: Haitch, E. A Sabedoria do Tarot. 1995, Pensamento, São Paulo; especial Tarot Editora Três; sítios web)
entre o sonho e a realidade”...

 

Correspondências Astrológicas e Astronômicas com Tarô

As correspondências – a partir dos mais célebres estudiosos do Tarô - entre as vinte e duas cartas dos Arcanos Maiores e os caracteres astrológicos.


ARCANOS
(ao lado Letras Hebraicas)
Correspondência
Astrológicas
ORIENTE
OCIDENTE
  Aleph
Arcano I – O Mago
Arcano 0 – O Bobo (Crowley)
SOL - Leão
AR
AR (Crowley)
Beth
Arcano II – A Papisa
Arcano I – O Mago (Crowley)
LUA - Câncer
Saturno
Mercúrio (Crowley)
Ghimel
Arcano III - A Imperatriz
Arcano II – A Sacerdotiza (Crowley)
JÚPITER - Sagitário
Júpiter
Lua (Crowley)
Daleth
Arcano IV – O Imperador
Arcano III - A Imperatriz (Crowley)
URANO - Aquário
Marte
Vênus (Crowley)
He
Arcano V – O Papa
Arcano XVII – A Estrela (Crowley)
MERCURIO - Virgem
Áries
Aquário (Crowley)
Vau
Arcano VI – Os Enamorados
Arcano V – O Hierofante (Crowley)
VÊNUS - Touro
Touro
Touro (Crowley)
Zain
Arcano VII – O Carro
Arcano VI – Os Amantes (Crowley)
NETUNO - Peixes
Gêmeos
Gêmeos
Heth
Arcano VIII – A Justiça
Arcano VII – A Carruagem (Crowley)
SATURNO - Capricórnio
Câncer
Câncer (Crowley)
Teth
Arcano IX – O Eremita
Arcano XI – A Luxúria (Crowley)
MARTE - Áries
Leão
Leão (Crowley)
Yod
Arcano X – A Roda da Fortuna
Arcano IX – O Eremita (Crowley)
MARTE - Escorpião
Virgem
Virgem (Crowley)
Caph
Arcano XI – A Força
Arcano X – A Roda da Fortuna (Crowley)
SOL - Áries
Sol
Júpiter (Crowley)
Lamed
Arcano XII – O Enforcado
Arcano VIII – O Ajustamento (Crowley)
LUA - Touro
Libra
Libra (Crowley)
Mem
Arcano XIII – A Morte
Arcano XII – O Homem Pendurado (Crowley)
MERCÚRIO - Gêmeos
ÁGUA
ÁGUA (Crowley)
Nun
Arcano XIV – Temperança
Arcano XIII – A Morte (Crowley)
Câncer - JUPITER
Escorpião
Escorpião (Crowley)
Samech
Arcano XV – O Diabo
Arcano XIV – Temperança (Crowley)
Leão - NETUNO
Sagitário
Sagitário (Crowley)
Hain
Arcano XVI – A Torre
Arcano XV – O Diabo (Crowley)
Virgem - MERCÚRIO
Capricórnio
Capricórnio (Crowley)
Phe
Arcano XVII – A Estrela
Arcano XVI – A Torre (Crowley)
Libra - SATURNO
Vênus
Marte (Crowley)
Tzade
Arcano XVIII – A Lua
Arcano IV – O Imperador (Crowley)
Escorpião - URANO
Aquário
Áries (Crowley)
Coph
Arcano XIX – O Sol
Arcano XVIII – A Lua (Crowley)
Sagitário - MARTE
Peixes
Peixes (Crowley)
Resch
Arcano XX – O Julgamento
Arcano XIX – O Sol (Crowley)
Capricórnio - SATURNO
Mercúrio
Sol (Crowley)
Schin
Arcano 0 (XXII) – O Bobo
Arcano XX – O Aeon (Crowley)
Peixes - VÊNUS
FOGO
FOGO (Crowley)
thau
Arcano XXI – O Mundo
Arcano XXI – O Universo (Crowley)
Aquário - URANO
Lua
Saturno (Crowley)

 Observe que no que diz respeito às correspondências, tanto orientais como ocidentais, em que o primeiro (orientais) está diretamente vinculado aos Caminhos Cabalísticos, e o segundo (ocidentais) na medida em que as Doze Letras Hebraicas SIMPLES é que representam os doze signos do zodíaco; as Sete Letras hebraicasDUPLAS que representam os planetas e as Três Letras Hebraicas MÃES, que representam os elementos.





Os 22 arcanos maiores do Tarô


1ª Carta (O Bobo) carta n° 0
Na vida material: simboliza a pessoa que não tem confiança em si, não tem personalidade, pessoa insegura.
Na parte espiritual: conhece-te a ti mesmo.



2ª Carta (O Mago) carta n° 1
Na parte material: simboliza a pessoa que tem mediunidade, pessoa que tem personalidade, pessoa positiva, bom médium.
Na parte espiritual: o homem foi criado à semelhança de Deus.




3ªCarta(AGrandeSacerdotisa)cartan°2
Cartafeminina.Na parte material: é boa dona-de-casa, boa mãe.
Na parte espiritual: macho e fêmea os criou.






4ª Carta (A Imperatriz) carta n° 3
Na parte material: mulher ativa, mulher que nasceu para trabalhar fora, pessoa que nasceu para ser advogada, médica etc.
Na parte espiritual: usar a inteligência, pois a pessoa não nasceu para o lar.



5ª Carta (O Imperador) carta n° 4
Na vida material: homem que é bom marido, pessoa responsável e boa.
Na parte espiritual: só a sabedoria pode salvar o homem.



6ª Carta (O Hierofante, O Papa) carta n° 5
Na parte material: indica que a pessoa tem necessidade das coisas ocultas, pessoa que é médium pronto, pessoa que lidar com as coisas ocultas. Médium preparado. Na parte secreta: o homem é o pequeno mundo e Deus, o grande mundo. O homem é um microcosmo (pequeno) e Deus, o macrocosmo (grande).



7ª Carta (O Namorado, Os Amantes) carta n° 6
Cartadoamorsensual – cartadonamorado,doamante.
Na parte espiritual: O verdadeiro amor não se detém na carne. Se esta carta cair do lado de 3 de espadas, é separação indicada.



8ª Carta (A Carruagem, O Carro) carta n° 7
Se vier o Diabo e logo depois vier esta carta, é demanda cortada por Ogum.
Na parte espiritual: a maior vitória é a do espírito. Carta que vence demanda.




9ª Carta (A Força) carta n° 8
Realização pessoal. Carta de poder, vitórias etc.
10ª Carta (O Eremita, O Ermitão) carta n° 9
O Ermitão Na parte material: pessoa que só vive isolada.
Na parte secreta: a lâmpada oculta. A humildade é o maior dom. A força vem da humildade.





11ª Carta (A Roda da Fortuna) carta n° 10
Na vida material: dinheiro que vem rápido, fortuna próxima.
Na parte espiritual: nada se cria, tudo se renova.  Num jogo, por exemplo, de cinco cartas caso saiam:  o Imperador(4) (na carta principal), A Grande Sacerdotisa (2), O Bobo(0), A Carruagem(7) e A Roda da Fortuna(10) na posição do resultado, na quinta carta pode indicar que na vida matrimonial, ou na vida afetiva, algo está ruim... Mas o dinheiro está ótimo.



12ª Carta (A Justiça) carta n° 11
Na parte material: indica que a pessoa terá vitória por merecimento, carta ligada a papéis de cartório, justiça etc. Só vence quem estiver certo, carta ligada a São Miguel Arcanjo. Carta de Salomão (dita por Cipriano).
Na parte espiritual: a vitória só cabe ao justiceiro.



13ª Carta (O Enforcado) carta n° 12
Na parte material: a pessoa sem dinheiro, pessoa endividada, em dificuldade. No arcano misterioso: aquele que se sacrifica pelo próximo.
Na parte espiritual: a caridade é o maior dom.




14ª Carta (A Morte) carta n° 13
Na vida material: morte, doença, perda, separação por morte etc. Carta negativa. Na parte espiritual: a morte é uma ilusão.





15ª Carta (A Temperança) carta n° 14
Na vida material: seu problema será resolvido com o tempo, tenha calma e paciência.
Na parte espiritual: existe tempo de plantar e tempo de colher.




16ª Carta (O Diabo) carta nº 15
Simboliza: destruição, mudanças para pior, demanda, promessas que não se cumprem etc. Estando esta carta do lado do enforcado, é trabalho feito.
Na parte espiritual: se plantar o mal terá o mal, assim é a lei da semeadura.



17ª Carta (A Torre Destruída) carta n° 16
Na parte material: projeto destruído. Carta de corte.
Na parte espiritual: só deseje o que a sua mão pode conseguir...



18ª Carta (A Estrela) carta n° 17
Carta de boas palavras.
Na parte espiritual: a estrela dos magos: a sorte depende de você.



19ª Carta (A Lua) carta n° 18
Na parte espiritual: fofoca, hipocrisia, falsidade, tristeza etc. Na parte espiritual: o sofrimento serve para a purificação.



20ª Carta (O Sol) carta n° 19
Carta de renovação, carta das crianças. Indica: alegrias em família, boas palavras etc.
Na parte espiritual: seja puro como as crianças.



21ª Carta (O julgamento) carta n° 20
Indica sofrimento pela lei do carma, sofrimentos que a pessoa tem que passar.
Na parte espiritual: nada acontece por acaso.


22ª Carta (O mundo) carta n°21
No arcano secreto - A coroa dos Magos.
Na parte material: o mundo do consulente.
Na parte espiritual: há três mundos: material, divino e espiritual (O mundo dos anjos).

Pequena Observação: Nunca se abre o jogo sem perguntar o nome do consulente. Se as cartas caírem todas para baixo, não se joga para a pessoa.Os Odus ou as combinações mágicas. As combinações variam muito, mas não a ponto de se tornar impossível decifrá-las. As cartomantes começam a ler as cartas no momento em que olham e observam o seu comportamento.


O Método

Há muitas maneiras de se jogar o Tarô. Além do método italiano, do boêmio, do francês e do alemão, ainda existem os vários métodos criados pelos cartomantes.
Um deles manda dispor as cartas em cruz, com uma no meio, todas voltadas para baixo. O primeiro passo é embaralhar as cartas sobre a mesa, em círculo, na direção contrária à dos ponteiros do relógio. Depois de bem embaralhadas, separar as cartas em três montes, com a mão esquerda. Juntar tudo e entregar ao cartomante. Repetir a operação. Arrumadas as cartas, começa a leitura. A cada assunto pode corresponder um jogo inteiro. Quem quer tratar de vários temas: negócios, amor, saúde, deitará as castas para cada item, em separado. Ou o próprio cartomante seguirá uma informação importante, colhida na primeira mesa, botando as cartas várias vezes até que o oráculo complete a predição. Em princípio, a lâmina da esquerda corresponde ao que o consulente tem a seu favor. A da direita, ao que tem contra si. A terceira, em cima, terá a interpretação ligada ao sentido das duas anteriores. A quarta, embaixo, simboliza as forças geradoras do consulente, que devem ser bem aproveitadas. A do meio revela a quintessência, o traço psicológico mais profundo. Se, por exemplo, a carta da esquerda é o arcano 11 A Força e a da direita é o 10 A Roda do Destino, estamos diante de alguém dotado de muito ímpeto para a vitória, mas em luta constante com as forças do destino, que lhe são adversas.

Os Odus ou as combinações mágicas


As combinações variam muito, mas não a ponto de se tornar impossível decifrá-las. As cartomantes começama ler as cartas no momento em que olham e observam o seu comportamento.